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Via Sacra da Rocinha discute os assassinatos de jovens negros nas favelas

Posted on 24 de março de 201624 de março de 2016 by Flávio Carvalho
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Crucificação de Cristo na apresentação da Via Sacra da Rocinha em 2015 – foto: Flávio Carvalho

A comunidade vai receber na Sexta-feira Santa, dia 25 de março, a 24ª edição do espetáculo Via Sacra da Rocinha e seguindo a tradição de inserir elementos da atualidade, o espetáculo desse ano vai abordar o assassinato de jovens negros e pardos nas favelas do Rio de Janeiro. A encenação narra a trajetória de vida de Jesus Cristo, do batismo até a ressurreição.

A espetáculo, que esse ano não tem patrocínio, teve seu trajeto encurtado e vai ser encenado somente no Largo do Boiadeiro, com início às 20h e serão interpretadas 25 cenas no local. O elenco composto por 43 integrantes, entre atores profissionais e pessoas que possuem outro tipo de ocupação, ensaiou durante três meses no teatro da Biblioteca Parque da Rocinha para se preparar para o espetáculo.

Para abordar o tema deste ano, o diretor Aurélio Mesquita fez uma adaptação de uma entrevista do rapper Emicida em um programa de televisão, além de utilizar trechos da canção O Meu Guri, de Chico Buarque. A morte de jovens negros vai ser inserida durante a peça, que em anos anteriores já citou a gravidez na adolescência, problemas nas escolas públicas e a falta de comida.

— Temos uma cena em que aparece um profeta no supermercado falando que um ladrão foi preso roubando e que, por isso, ele foi espancado pela polícia. Quando essa parte acabar vão aparecer três corpos mortos no chão. Isso é uma alusão do que acontece hoje, explica Aurélio.

A apresentação da Via Sacra costuma encher as ruas da Rocinha, tanto pelos moradores que saem de suas casas, mas também devido ao público externo que sobe o morro para assistir à peça. Para Cida Costa, atriz do grupo Nós do Morro desde 2001 e que estreia no espetáculo como Maria, o diferencial da produção é o lado contemporâneo do texto.

—  Aqui na Via Sacra se mistura diversos assuntos e eu sentia falta disso em outras montagens que vi. Esse ano a gente vem falando do massacre dos negros, as mães que perdem seus filhos injustamente, e isso é em qualquer lugar do mundo e do Brasil. E essa Maria que interpreto, ela carrega essa dor, essa história. E por ser uma mulher brasileira, negra, de certa forma eu tenho essa responsabilidade, diz Cida.

Sobre a Via Sacra

Criada em 1992, a peça é baseada no livro ‘O Homem de Nazaré – A Via Sacra de Hoje’, de José Maria Rodrigues e tem direção de Aurélio Mesquita, fundador da Cia Roça Caçacultura. A ideia de criar o espetáculo surgiu quando Aurélio estava em uma viagem, em Lumiar, Nova Friburgo. Ele lia o livro de José Maria quando percebeu que poderia adaptar a história de Jesus à realidade da Rocinha.

— Eu comecei a pensar como seria usar a favela como pano de fundo para contar a história de Jesus. Ele era pobre e, provavelmente, se nascesse hoje, nasceria numa favela, conta o diretor.

Em setembro de 2015, o espetáculo recebeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Cidade do Rio de Janeiro. A produção de 2016 é realizada por Camila Perez, Monique Silva e Edson Martins.

Fonte: Assessoria de Imprensa

Flávio Carvalho

Flavio Carvalho é jornalista e fotógrafo popular nascido e criado na Rocinha. Graduou-se em jornalismo pela PUC-Rio, ele integra, desde 2009, a equipe que compõe o site FavelaDaRocinha.com. Atualmente é repórter de campo e fotógrafo da iniciativa global World Mosquito Program, conduzindo no Brasil pela Fiocruz.

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A primeira luz na Rocinha não foi elétrica. Diz o povo que um cavaleiro atravessava a favela acendendo os lampiões das pequenas casas.

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