
Comemorando seus dez anos de apresentações ininterruptas em grande estilo, a peça “A descoberta das Américas” segue em circulação pelas Lonas Culturais e Arenas Cariocas. A Rocinha será seu próximo porto de parada. Dia 15/04, sexta-feira, a apresentação acontece na Biblioteca Parque da Rocinha C4, às 17h30, com entrada franca. O espetáculo já passou por Pedra de Guaratiba, Campo Grande, Santa Cruz, Pechincha, Santa Teresa, Maré, Madureira e Guadalupe, atingindo um público de 2.300 pessoas.
Um dos objetivos da produção é alcançar o público da periferia e levar a produção à geração que ainda não a conhecia. De acordo com a produtora do espetáculo, Thais Teixeira, eles têm sido surpreendidos com o público que compareceu as apresentações até agora. “Recebemos muitos alunos da rede pública e grupos de teatros locais. De um modo geral fazemos uma avaliação muito positiva e até agora temos conseguido alcançar nosso objetivo”, afirma Thais.
Outro ponto destacado por ela é que o público vai do estranhamento à surpresa. “Muitos que não conheciam a proposta do espetáculo estranham o fato de ter apenas um ator em cena sem nenhum cenário. Esperam ver mais luz, som e aparatos cênicos. Depois da apresentação comentam estarem surpresos e admirados em ver um teatro tão puro e essencial”, avalia Thais.
“A Descoberta”, que foi eleito pelo jornal O Globo como uma das dez melhores peças de 2005 e rendeu o prêmio Shell de melhor ator para Julio Adrião, será apresentada também nos bairros de Guadalupe, Penha, Maguinhos, Pavuna, Vista Alegre, Bangu, Centro. Toda circulação é patrocinada pela Prefeitura e Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, através do Programa de Fomento à Cultura Carioca.
Em seu histórico contabiliza mais de 500 apresentações para um público superior ao de 150 mil pessoas, participação no Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica (FITEI) e no festival MITO, realizado na cidade de Oeiras, no Piauí, e temporadas em quase todos estados brasileiros além de apresentações no exterior: Portugal, Cabo Verde, Angola, Inglaterra, Espanha, Chile e Macau.
A célebre crítica de teatro Barbara Heliodora, classificou o espetáculo como uma “pequena obra de ourivesaria”. O texto da especialista dialoga com outros tantos, colecionados ao longo dos anos.
Sinopse
Acontece que um Zé ninguém de nome Johan Padan, rústico, esperto e carismático, escapa da fogueira da inquisição embarcando em Sevilha, numa das caravelas de Cristóvão Colombo. No Novo Mundo, nosso herói sobrevive a naufrágios, testemunha massacres, é preso, escravizado e quase devorado pelos canibais. Com o tempo, aprende a língua dos nativos, cativa-os e safa-se fazendo “milagres” com alguma técnica e uma boa dose de sorte. Venerado como filho do sol e da lua, catequiza e guia os nativos numa batalha de libertação contra os espanhóis invasores.
Dia: 15 de Abril (sexta-feira)
Horário: 17h30
Local: Biblioteca Parque Da Rocinha
Endereço: Estr. da Gávea, 454 – Rocinha
Entrada Franca – (retirada dos ingressos a partir de uma hora antes do espetáculo)
Tempo de Duração: 80 min
Classificação indicativa: 14 anos.
FICHA TÉCNICA
Texto original Dario Fo
Tradução e adaptação Alessandra Vannucci e Julio Adrião
Direção Alessandra Vannucci
Atuação Julio Adrião
Iluminação Luiz André Alvim
Operação de Luz Guiga Ensá
Figurino Priscilla Duarte
Programação visual Fernando Alax
Fotografias Maria Elisa Franco
Coordenação de Produção Thaís Teixeira
Produção Executiva Thais Teixeira e Martha Avelar
Administração e Prestação de contas Martha Avelar Fabulanas
Realização Julio Adrião Produções Artísticas Ltda. e EmCartaz Empreendimentos Culturais
Fonte: Sopa Cultural