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‘Para uma parcela, já deu. É hora de ir embora’, diz morador da Rocinha

Posted on 26 de janeiro de 201826 de janeiro de 2018 by Eduardo Carvalho
Rocinha e Morro Dois Irmãos (foto: Flávio Carvalho)

Nunca pensei que em 19 anos iria presenciar tão nitidamente o compartilhamento do medo. O medo mútuo, que aprisiona, enclausura e traz pânico. O medo perseguidor, que vai atrás, que te impossibilita de dar um passo, comprar o pão, estender a roupa. O medo de a minha mãe descer para o trabalho e ser atingida. O medo da criança brincar no beco e ser atingida. O medo da grávida tentar chegar ao hospital e ser atingida.

Esse medo, ou melhor, essa bala, nos atingiu há quatro meses. Quatro difíceis meses de tensão que fazem uma única dúvida pairar sobre o ar: até quando? Até quando nos seremos proibidos de andar no local onde nascemos, amadurecemos e criamos nossos filhos? Até quando a instabilidade será o grande mote de uma favela que está no coração de uma cidade apaixonadamente chamada de “maravilhosa”? Até quando?

Enquanto essa pergunta é feita, tiros ultrapassam as paredes de casas. Alguém se esquivou e, por “sorte”, não se feriu ou virou mais um número nesse apanhado de dados que constatam o quanto estamos vulneráveis à violência e ao perigo. Para uma parcela, já deu. É hora de ir embora. É hora de procurar uma outra Passárgada para ser feliz. Sem que se ouçam tiros, e onde a paz, enfim, seja possível.

 

Eduardo Carvalho

Eduardo Carvalho, ou apenas, Edu. Jovem estudante de Comunicação Social – Jornalismo na PUC-Rio, repórter e ativista social. Coleciona em sua bagagem de 20 anos participações em eventos como Onda Cidadã no Cariri; a Bienal do Livro no Rio; Flip e Flup, mostrando um pouco sobre seu trabalho ao retratar assuntos do dia-a-dia em sua escrita do local onde reside: a Favela da Rocinha. Foi participante do #OcupaMaurois, nome dado a ocupação que durou 2 meses no colégio onde estudou. Hoje é colaborador do programa Conversa com Bial, da TV Globo

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Em 20 de Setembro de 2012 a Rocinha passou a ser atendida pela 28° UPP com o efetivo de 700 policiais.

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