
Desumanizados, estamos próximos da condição dos judeus na II guerra, com toda uma sociedade assistindo e apoiando tacitamente o extermínio.
Assisti ao filme sniper americano, Cezar Cipriano, fez a indicação. Uma ficção onde o sujeito atinge alvos a uma distância considerável.
Os policiais que vem a Rocinha, tenho quase certeza que viram também. Só estão confusos quanto a realidade e isso associado a desumanização do cidadão que mora em favela.
Atiram da rua1 para o Cesário, da rua 4 para a rua 2. Falando dessa forma interna, quem não conhece a Rocinha, não entenderá, mas acredite, são distâncias para profissionais e em condições ideais, de forma que só Hollywood e a narrativa de um roteiro de ficção conseguem.
Qualquer tratado de guerra proíbe tal ação, por se altamente letal, com margem de erro gigante. Somado a um enorme número de casas próximas umas das outras.
A vida imita a arte? Neste caso apoiado na certeza da impunidade e pela omissão e irresponsabilidade dos órgãos internacionais, do estado e do município. Francine Saillant direitos humanos para todo cidadão?
O mundo não quer ouvir, mas vamos continuar falando!
Devemos manter a comunicação, mesmo após o fato, mesmo porque a tática é cortar a energia e a comunicação para nos sentirmos isolados.
Falemos! horas depois, dias depois! Usemos mensagem de celular. Mas continuemos a comunicação.
Sussurre, grite, xinge.
O mundo não quer ouvir, mas vai!
Quando ia dizer que, na Rocinha, nos aproximamos do pior cenário possível, leio a experiência de Lucas Pablo de Oliveira e vejo que ele atravessou o cenário, errei no calculo.
Desumanizados, estamos próximos da condição dos judeus na II guerra, com toda uma sociedade assistindo e apoiando tacitamente o extermínio.
Somos os degenerados e os impuros e é dever da raça superior, recatada e do lar, fazer a limpeza.
Nada mais que ratos. Animais na jaula da favela, dos subúrbios e de toda e qualquer periferia.