Os canais de comunicação se multiplicam a cada instante e a produção de notícias, felizmente, não é mais monopólio dos veículos de comunicação tradicionais. A democracia da informação garante a pluralidade de ideias e pontos de vista, porém, nem todos estão preparados para serem formadores de opinião, tampouco sabem a diferença entre liberdade de expressão e discurso de ódio.
Os exemplos se mostram mundo afora. O recente ataque muçulmano ao jornal Charlie Hebdo em Paris causou comoção e reflexão no mundo todo. O jornal teria passado do ponto ou apenas teria exercido sua liberdade de expressão? O próprio Papa Francisco afirmou que não se pode ofender religião alguma e ainda que alguns acreditem que as charges apenas expressam humor, o bom senso nos diz que nosso direito termina quando começa o do próximo, obviamente, nada justifica tamanha violência dos extremistas.
No Brasil, casos de intolerância também se repetem e durante as eleições presidenciais de 2014 choveram injúrias e ofensas aos nordestinos nas redes sociais. Nesta semana, a colunista Silvia Pilz chocou boa parte da sociedade com sua tentativa de fazer um texto de humor “cáustico” (não seria ácido?). Ela tentou, sem sucesso, copiar o estilo do personagem Caco Antibes, interpretado por Miguel Falabella, e sua aversão aos pobres, porém, a diferença é que o ódio demonstrado pela colunista pareceu bem real.
O texto foi infeliz do início ao fim e mostrou seu desconhecimento do mundo real vivido pela maioria dos brasileiros. Seria ela apenas incompetente tecnicamente ou teria a mesma visão elitista e preconceituosa da jornalista Danuza Leão, que afirmou que “se todo mundo fosse rico, a vida seria um tédio” ou da socialite Hildegard Angel, que sugeriu “diminuir drasticamente a circulação das linhas de ônibus e de metrô no fluxo Zona Norte-Zona Sul” e até mesmo “cobrar entrada nas praias de Leme, Copacabana, Ipanema, Leblon” como medidas para conter os arrastões no verão ?.
Engana-se quem pensa que elas estão sozinhas, há uma legião que defendem esses pontos de vista, mas o intrigante é que o ódio não é contra a pobreza, mas contra os pobres. O descontentamento não se refere à perda de direitos, e sim de privilégios. O Brasil está melhorando, mas ainda falta muito para ser um país de todos, e como disse Paulo Freire “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.”
Parabéns pelo ponto de vista diferenciado.
Blog do Rubinho disse:Eu tambc3a9m achei isso, acho que o mauricio kulbrsuy teria feito uma matc3a9ria bem melhor e sem esse aparato de seguranc3a7a, colocar um almofadinha para entrar numa comunidade como a Rocinha nc3a3o foi muito bom.
disse:Eu vi essa matc3a9ria na TV. Achei ridc3adcula (e muita gente no Twitter tambc3a9m achou). Chico Pinheiro sobe a Rocinha de moto-tc3a1xi colete c3a0 prova de balas e muito, muito medo.