
Responsáveis por bebês que dependem das creches municipais denunciam a falta de dinheiro que estes estabelecimentos estão recebendo. Elas contam que o valor que a Prefeitura do Rio repassa não está sendo suficiente nem para a alimentação das crianças. Representantes de alguns estabelecimentos confirmam que o valor repassado é menor do que o necessário para sustentar as crianças.
“Meu neto é de uma creche comunitária chamada Tia Anastácia e eu tenho visto o sofrimento da creche. Às vezes precisa até de nossa ajuda com mantimentos para ajudar as nossas crianças nas refeições, porque o que eles recebem não está dando”, explicou a avó de um dos alunos.
Os pais de filhos já adultos também fazem questão de ressaltar a importância da creche para as novas gerações.
“A importância que há na nossa creche conveniada nos nossos bairros. Eu faço parte da comunidade do Rola e nela, eu já participei há mais de 23 anos. A minha filha participou do programa e foi muito importante na vida dela, assim como eu tive mais duas crianças que fizeram parte desse programa. A nossa creche precisa continuar, funcionar. Precisamos da creche na vida das nossas crianças”, destacou outra mãe, em vídeo enviado para o Bom Dia Rio.
Os responsáveis por creches conveniadas à Prefeitura do Rio também fizeram um apelo por maior atenção às creches.
“Nós recebemos uma per capita de R$ 300 para atendimento das crianças, incluindo todas as despesas e quatro refeições diárias. As crianças matriculadas na creche têm de um ano até três anos e onze meses. Nós estamos com dificuldades porque a per capita não está mais cobrindo todas as nossas despesas”, denunciou a responsável por uma das creches comunitárias.
A representante de duas creches conveniadas em Santa Cruz, uma na comunidade do Rola, que atende a 100 crianças, e outra na Rua Hermes da Silva, com atendimento a 50 crianças, confirma que as creches sofrem com o baixo repasse de verbas.
“As creches conveniadas do Rio estão correndo o risco de fechar as portas porque o prefeito prometeu o aumento para as nossas creches no mês de julho e até agora nós não recebemos. As nossas parcelas foram fragmentadas e, sem esse recurso por inteiro, nós não vamos conseguir sobreviver, teremos que fechar as portas”, destacou.
A Secretaria Municipal de Educação afirmou que está em contato com a Secretaria Municipal de Fazenda para conseguir mais recursos e aumentar os repasses para as creches conveniadas, mas não deu um prazo.
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